sábado, 30 de julho de 2011

Imagine...

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E quando as pálpebras se descolarem,
os vidros terão vontade própria,
mantas de água, com a temperatura que quisermos.
Todas as janelas vão ser flores...
Todas as flores vão ser janelas.


João Murillo



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sexta-feira, 29 de julho de 2011

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Tudo fica...

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"Com o passar do tempo, há dois sentimentos que desaparecem: a vaidade e a inveja. A inveja é um sentimento horrível. Ninguém sofre tanto como um invejoso. E a vaidade faz-me pensar no milionário Howard Hughes. Quando ele morreu, os jornalistas perguntaram ao advogado: «Quanto é que ele deixou?» O advogado respondeu: «Deixou tudo.» Ninguém é mais pobre do que os mortos.
"
António Lobo Antunes

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quarta-feira, 27 de julho de 2011

ImPorta?

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Muitas vezes te esperei, perdi a conta,
longas manhãs te esperei tremendo
no patamar dos olhos. Que me importa
que batam à porta, façam chegar
jornais, ou cartas, de amizade um pouco
— tanto pó sobre os móveis tua ausência.

Se não és tu, que me pode importar?
Alguém bate, insiste através da madeira,
que me importa que batam à porta,
a solidão é uma espinha
insidiosamente alojada na garganta.
Um pássaro morto no jardim com neve.

Nada me importa; mas tu enfim me importas.
Importa, por exemplo, no sedoso
cabelo poisar estes lábios aflitos.
Por exemplo: destruir o silêncio.
Abrir certas eclusas, chover em certos campos.
Importa saber da importância
que há na simplicidade final do amor.
Comunicar esse amor. Fertilizá-lo.
«Que me importa que batam à porta...»
Sair de trás da própria porta, buscar
no amor a reconciliação com o mundo.

Longas manhãs te esperei, perdi a conta.
Ainda bem que esperei longas manhãs
e lhes perdi a conta, pois é como se
no dia em que eu abrir a porta
do teu amor tudo seja novo,
um homem uma mulher juntos pelas formosas
inexplicáveis circunstâncias da vida.

Que me importa, agora que me importas,
que batam, se não és tu, à porta?



Fernando Assis Pacheco, in “A Musa Irregular”


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terça-feira, 26 de julho de 2011

segunda-feira, 25 de julho de 2011

domingo, 24 de julho de 2011

sábado, 23 de julho de 2011

sexta-feira, 22 de julho de 2011

quinta-feira, 21 de julho de 2011

domingo, 17 de julho de 2011

Gémeos

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"Não me façam ser o que não sou. Não me convidem a ser igual porque sinceramente sou diferente"

Anónimo


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sexta-feira, 15 de julho de 2011

quinta-feira, 14 de julho de 2011

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Gincana

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.....................................................................................................................................habilidade...................

.............................astúcia.............................................equilíbrio...................................................................

...................................................................inteligência...................................................................................

........................................destreza...................................................................................................................


............................................................................................aptidão...




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sábado, 9 de julho de 2011

Espelho meu, espelho meu...

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...haverá bote mais bonito do que eu?



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sexta-feira, 8 de julho de 2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Part(e)ida...

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"Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar."


Miguel Torga



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terça-feira, 5 de julho de 2011

Coragem

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«Ó glória de saber que o Mar termina
onde a minha coragem se acabar,
a ti dou quanto é meu!
Glória de por os meus nervos garantir
O direito de escarnecer da Morte
quanto a Morte julgar que me venceu!»

Sebastião da Gama


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domingo, 3 de julho de 2011

sexta-feira, 1 de julho de 2011