segunda-feira, 3 de maio de 2010

Francisco Moita Flores

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"O que é que o leva a escrever?
Escrevo porque amo os livros. A minha vida não fazia sentido se não escrevesse."

No Dia Mundial do Livro foi com esta pergunta que se iniciou uma conversa que durou cerca de três horas com o presidente de câmara, criminalista, argumentista, ex-inspector Francisco Moita Flores.
Dada a data que se comemorava sobretudo quem ali estava era o escritor mas perante uma pessoa como esta, um bom conversador, é impossível a escrita ser o único tema a abordar.
Numa conversa amena, como se estivéssemos numa mesa de café entre amigos, aliás, assim que chegou, referiu que como autarca tinha tido um dia burocraticamente complicado e pediu licença para tirar o casaco.
Tanto da sua vida pessoal como da sua vida profissional muito ali nos foi contado...o professor de português que o fez tomar o gosto pela literatura, o pai, a trasladação de cadáveres do cemitério da desaparecida para a nova aldeia da Luz, um AVC que teve aos trinta e poucos anos e que quase o fez desistir da vida, os pesadelos com cadáveres, as novas tecnologias, o seu novo livro, etc, etc, etc...acreditem que muitos, tantos que seriam necessários milhares de caracteres.
Se já tinha uma admiração muito grande por este Senhor, esta admiração aumentou significativamente passadas estas três horas.



"... a morte é a ausência do beijo, do abraço, do toque, do cheiro de uma pessoa..."

Francisco Moita Flores



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1 comentário:

Miguel disse...

Sim, já tinha também alguma admiração por ele, pela sua frontalidade, até mesmo pela sua escrita despretenciosa - por um único livro que li -, mas confesso que a admiração vai crescendo à medida que vou conhecendo um pouco mais da sua pessoa e das suas ideias. Essa definição de "morrer" enche-me as medidas. Como eu o compreendo, mesmo na necessidade de escrever, mesmo sem ter para quem.