Ontem os telejornais das 20 horas esmiuçaram até á exaustão o sismo que se fez sentir (e bem) em Portugal Continental.
Acho muito bem que se fale sobre os procedimentos a tomar quando acontecem situações destas mas os canais televisivos com o famosa "Guerra das audiências" acabam por entrar numa (des)informação exagerada, disparatada até.
Um dos reporteres, depois de muitos conselhos do que se deve ou não fazer, "saiu-se" com uma ideia que me deixa na duvida caso tenha de tomar uma atitude:"se tentar sair de casa, não vá pelas escadas, podem estar já danificadas ou cheias de pessoas que tentam fugir com o pânico, tropeçando umas nas outras e jamais utilizar o elevador".
Coloco a seguinte questão: em caso de sismo, se tentar sair de casa o que devo fazer?
- Ter na varanda um páraquedas, visto morar num andar alto?
- Ter sempre preparado o equipamento de Rapel?
Noutro contexto, completamente diferente, acho "fantástico" quando os reporteres , vorazes por ter o melhor plano do homicidio, repetem até á exaustão as imagens do sangue na calçada e o familiar ou o amigo que grite, berre e chore mais tem direito a primeirissimo plano.
Como se não bastasse, fazem perguntas a uma intitulada "testemunha ocular" ou, melhor ainda, a um "familiar da vitima", quando mais chegado melhor, um primo, um tio; mãe ou o pai, se possível, estes sim, fazem as delícias do reporter, perguntas sem nexo e que, invariavelmente , são sempre as mesmas:
-Foi uma tragédia não foi? (Não, foi uma alegria)
-A vitima teve morte imediata? Sofreu muito? (sofreu, sofreu muito e acabou por morrer, graças a Deus)
-Era bom rapaz? (era muito querido, muito trabalhador e honesto, não fazia mal a ninguém)
-Deixa muitas saudades? (não, nem pensar, estamos até a pensar em organizar uma festa para comemorar)
E assim vamos ficando actualizados, diariamente, nesta selva mediática.
Acho muito bem que se fale sobre os procedimentos a tomar quando acontecem situações destas mas os canais televisivos com o famosa "Guerra das audiências" acabam por entrar numa (des)informação exagerada, disparatada até.
Um dos reporteres, depois de muitos conselhos do que se deve ou não fazer, "saiu-se" com uma ideia que me deixa na duvida caso tenha de tomar uma atitude:"se tentar sair de casa, não vá pelas escadas, podem estar já danificadas ou cheias de pessoas que tentam fugir com o pânico, tropeçando umas nas outras e jamais utilizar o elevador".
Coloco a seguinte questão: em caso de sismo, se tentar sair de casa o que devo fazer?
- Ter na varanda um páraquedas, visto morar num andar alto?
- Ter sempre preparado o equipamento de Rapel?
Noutro contexto, completamente diferente, acho "fantástico" quando os reporteres , vorazes por ter o melhor plano do homicidio, repetem até á exaustão as imagens do sangue na calçada e o familiar ou o amigo que grite, berre e chore mais tem direito a primeirissimo plano.
Como se não bastasse, fazem perguntas a uma intitulada "testemunha ocular" ou, melhor ainda, a um "familiar da vitima", quando mais chegado melhor, um primo, um tio; mãe ou o pai, se possível, estes sim, fazem as delícias do reporter, perguntas sem nexo e que, invariavelmente , são sempre as mesmas:
-Foi uma tragédia não foi? (Não, foi uma alegria)
-A vitima teve morte imediata? Sofreu muito? (sofreu, sofreu muito e acabou por morrer, graças a Deus)
-Era bom rapaz? (era muito querido, muito trabalhador e honesto, não fazia mal a ninguém)
-Deixa muitas saudades? (não, nem pensar, estamos até a pensar em organizar uma festa para comemorar)
E assim vamos ficando actualizados, diariamente, nesta selva mediática.
2 comentários:
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. à parte o mediatismo que traduz o sensacionalismo desta sociedade contemporânea .
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. hoje,,, .
. venho apresentar os votos de um santo natal, e aproveitar para agradecer as visitas efectuadas durante o presente ano aos meus espaços intemporais .
. grat.íssimo .
. sempre e para sempre,,, .
. boas festas .
. paulo .
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E não é que me ri perdidamente ao ler o teu poste? Sim, não só da primeira parte... Da segunda também... Mundo este em que vivemos!...
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Carpe diem!
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