“(...) Porque não só as coisas acontecem com as pessoas. Cada um gera também aquilo que acontece consigo. Gera-o, invoca-o, não deixa de escapar àquilo que tem de acontecer. O homem é assim. Fá-lo, mesmo que saiba e sinta logo, desde o primeiro momento, que tudo o que faz é fatal. O homem e o seu destino seguram-se um ao outro, evocam-se e criam-se mutuamente. Não é verdade que o destino entre cego na nossa vida, não. O destino entra pela porta que nós mesmos abrimos, convidando-o a passar. Não há ser humano que seja bastante forte e inteligente para desviar com palavras ou com acções o destino fatal que advém, segundo leis irrevogáveis, da sua natureza, do seu carácter (...)”.
Sándor Márai,
in “As velas ardem até ao fim”
in “As velas ardem até ao fim”
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2 comentários:
Olá, Margarida!
Esse mesmo destino que todos nós o "construimos" e acabámos por o determinar!
Um beijinho,
Renato
Sou da opinião que o destino não está escrito desde o momento em que nascemos, varia consoante as nossas acções, os caminhos que escolhemos tantas vezes sem pensarmos nas consequências. O Ser Humano tende ao egoísmo, à auto-satisfação em quase tudo o que faz, a reagir instintivamente, de forma muito emocional, mesmo sabendo que vai machucar alguém ou na maior parte das vezes a si próprio.
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